A utilização da energia solar térmica contribui para a neutralidade carbónica na construção

2025/09/12 14:06

A utilização da energia solar térmica traz um contributo verde para a neutralidade carbónica dos edifícios


Práticas comuns em edifícios com emissões líquidas zero

À medida que o mundo caminha para a neutralidade carbónica, o sector da construção — uma das maiores fontes de consumo de energia e de emissões de carbono — está a adoptar uma série de práticas de neutralidade carbónica. De acordo com o Guia Técnico para Edifícios com Emissões Zero, os arquitetos têm frequentemente de trabalhar em estreita colaboração com os engenheiros e fornecedores de equipamentos para elaborar estratégias eficazes. Abaixo, algumas das abordagens mais comuns e comprovadas.




1. Solários e Design Solar Passivo

No Hemisfério Norte, as janelas viradas a sul são ideais para a entrada de luz solar e para o aquecimento, enquanto as janelas viradas a norte devem ser pequenas para reduzir a perda de calor. Em casas geminadas e edifícios semelhantes, grandes janelas viradas a sul podem captar a luz solar de inverno de baixa incidência, proporcionando um aquecimento passivo. Esta abordagem não consome energia extra e aumenta o conforto simplesmente através de um design inteligente.




2. Aquecedores solares de água

Um aquecedor solar de água converte a luz solar diretamente em calor, utilizando tubos de vácuo de vidro. O lado do tubo virado para o sol aquece, enquanto o lado sombreado permanece mais frio, criando uma diferença de temperatura que impulsiona a circulação natural da água.

Este processo fornece água quente para uso diário e também pode fornecer calor para desumidificação. Como substituto direto dos aquecedores de água elétricos ou a gás, os aquecedores solares contribuem claramente para a redução das emissões de carbono.

A utilização da energia solar térmica contribui para a neutralidade carbónica na construção




3. Energia solar fotovoltaica

Os painéis solares convertem a luz solar em eletricidade através do efeito fotovoltaico. Em edifícios com emissões líquidas zero, esta eletricidade é frequentemente utilizada numa micro-rede local, em vez de ser enviada para a rede nacional.

A energia gerada é armazenada em baterias e convertida por inversores, fornecendo eletricidade para iluminação, eletrodomésticos e outros usos. Este sistema descentralizado e auto-suficiente é um passo fundamental para uma vida com zero carbono.

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4. Bombas de calor de fonte de água

As bombas de calor de fonte hídrica utilizam uma pequena quantidade de energia de alta qualidade para transferir calor. No verão, transferem o calor dos edifícios para os corpos de água próximos, proporcionando arrefecimento. No inverno, extraem calor da água para aquecer o edifício.

Este sistema é altamente eficiente e fiável, especialmente em zonas com rios, lagos ou lençóis freáticos. Pode substituir as caldeiras e aparelhos de ar condicionado tradicionais, tornando-se uma opção forte para aquecimento e arrefecimento sustentáveis.

A utilização da energia solar térmica contribui para a neutralidade carbónica na construção




5. Dispositivos de sombreamento

Em climas quentes, os painéis de sombreamento na face sul dos edifícios regulam a radiação solar. No verão, bloqueiam a luz solar de ângulo elevado, mantendo os interiores frescos. No inverno, a luz solar de ângulo baixo passa por baixo dos painéis, proporcionando calor natural. Alguns sistemas de sombreamento podem ainda integrar módulos fotovoltaicos, gerando eletricidade e sombreando o edifício.




6. Pisos de baixo carbono

Os materiais de construção sustentáveis ​​são outra parte da prática do carbono zero. Por exemplo, os pavimentos de madeira certificados pelo Forest Stewardship Council (FSC) garantem uma gestão florestal responsável e uma produção neutra em carbono. Estes pavimentos não só reduzem o impacto ambiental, como também melhoram a qualidade do ar interior, libertando iões negativos.




7. Telhados Verdes

Os telhados verdes combinam ecologia com poupança de energia. Ao plantar legumes, ervas ou gramíneas nos telhados, os edifícios podem reduzir o ganho de calor no verão e melhorar o isolamento. As plantas arrefecem o edifício através da transpiração, reduzindo a procura de ar condicionado e, ao mesmo tempo, criando vegetação urbana e abastecimento alimentar.

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8. Sistemas de Monitorização de Energia

A gestão inteligente da energia é essencial para edifícios com zero carbono. Os sistemas de monitorização monitorizam o consumo de eletricidade, água e gás em tempo real, utilizando contadores e sensores de caudal ligados por redes com ou sem fios. Estes sistemas recolhem dados precisos e permitem o controlo remoto centralizado, permitindo que os edifícios tomem decisões inteligentes e reduzam o desperdício.




Conclusão

Alcançar a neutralidade carbónica nos edifícios exige uma combinação de design, tecnologia e gestão. Desde estratégias solares passivas e aquecedores solares de água a sistemas fotovoltaicos, telhados verdes e monitorização inteligente, cada medida acrescenta uma peça ao puzzle da neutralidade carbónica.

À medida que a tecnologia avança e as políticas continuam a apoiar o desenvolvimento verde, estas práticas tornar-se-ão cada vez mais generalizadas. Os edifícios com emissões líquidas zero deixarão de ser projetos de demonstração e passarão a ser soluções comuns, contribuindo para as metas climáticas globais e para um futuro sustentável.

 


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